E EDUCAÇÃO
Notáveis professores
Uma homenagem aos professores do Maranhão
Não é de hoje que se discutem melhores salários e condições de trabalho aos professores. Não é de hoje que se credita, às vezes, e injustamente o fracasso da educação a esses mestres que, apesar da vital importância, são apenas um dos agentes na engrenagem do saber e aprende a fazer fazendo, no aprender a ser, no aprender a conviver, no construir, no desconstruir e redescobrir, neste mundo “oficineiro” hoje tão injusto para os bem intencionados. O que se sabe é que o professor é um entre os diversos atores que influenciam diretamente na transformação de seres humanos e que para que isto aconteça realmente e na essência é vital que políticas públicas sejam sentidas por toda a sociedade, principalmente a que a política de educação seja efetiva, compacta, eficaz e responsável.
No Maranhão, os desafios e aspirações tomam contam dos atores da educação, pois a iminência da continuação de um novo governo, que necessariamente não é obrigado ser o mesmo, não pode e não deve se permitir cometer equívocos. Não obstante, na minha particular insipiência e de horizontes obscuros, vislumbro pequenas luzes nesse túnel repetitivo e costumeiro. Temos que ter necessariamente um novo caminho a seguir nessa política que, apesar de não ensejar resultados imediatos, mas que deva ser planejada a política educacional de agora em diante, para um período cheio de governo e assim a sociedade possa auferir melhores resultados nessa roça, digo, seara, que insiste em “coivarar” plantações inteiras em métodos corriqueiros.
No Maranhão, ainda se pensa e executa projetos e ações a cargo dos professores que, às vezes, são submetidos a salários aviltantes. Pensam, os “intelectuais”, na ação com o sentido no seu resultado imediato, sem levar em consideração, entretanto, da inconstitucionalidade do que receberá em salário o mestre para aquela safra. Que paradoxo! Nessa educação ainda existem aqueles que pensam que são o suprassumo da sapiência, mas não passam de pessoas desinformadas, malqueridas, desagregadoras, e o pior: submetemo-nos às suas ordens. Que paradoxo! Mas neste texto, ainda bem que também cabem os professores no seu eterno amor por seus alunos nos seus laboratórios que nos dias letivos emitem vozes de esperança para quem sabe, o Maranhão que se vive agora, seja a esperança de um Maranhão bem melhor e para as futuras gerações.
No Maranhão, há a esperança de creditarmos a nossos mestres os seus planos de cargos, as suas gratificações por mérito que de tão automáticas passam anos para serem implantadas, as suas condições de cidadania e que, a sua voz não somente seja ouvida, em passeatas, recursos últimos de suas reivindicações, ou, ainda, quando decidem radicalizar, fincar o pé, construir greves, chamar a atenção dos indiferentes. Esperamos que sejam planejadas as ações efetivas e que possamos dar saltos bem mais substanciais no sentido de que educação seja tratada no contexto de uma política macro, essencial e produtiva, como premissa primeira de uma política de desenvolvimento humano do nosso Estado, em que as pessoas sejam enxergadas em todo esse torrão.
Nossa homenagem no Maranhão é para os professores de todos os níveis, de todas as escolas, de todos os espaços, que comem, vestem-se, dormem e vivem: um ser com defeitos e virtudes, mas que da sociedade e do governo devem advir reflexões muito especiais. Só pensarmos que nossos filhos, em boa parte das horas estão aos cuidados e ensinamentos desses mestres. Só pensarmos que os nossos professores nos trouxeram até aqui e com muita justiça para render-lhes esta homenagem no Dia dos Professores. Esse som que escutamos agora é de cada sala de aula e de todos os lares maranhenses que os aplaudem com muita vibração.
Acordaremos todos os dias com muitas vozes que pretendem despertar milhares de seres humanos à construção de um mundo muito melhor. As salas de aula não podem e não devem ser silenciosas mesmo quando todos emudecem, pois ali está sendo semeada a esperança de um Maranhão melhor, mais justo, mais irmão, mais emergente no sentido de que todos os seus filhos devem e precisam ser acolhidos com justiça e grandeza. A mesma grandeza com que nos chamam e nos assediam na época das eleições, talvez! É assim que interagem os professores do Maranhão e, é assim, que segurando as nossas mãos transformam nossa visão, reconhecem os nossos traços e nos fazem buriladores de textos como este que é lavra de todos que me apontaram e me apontam os caminhos da justiça e da nobreza, da honestidade nas relações e na acepção mais plena desta expressão. Parabéns professores do Maranhão!
Nilson de Jesus Ericeira Sousa
Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo e est. de Direito
Blog: ribanceiramaranhense.blogspot.com